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sábado, 5 de novembro de 2011

simples

quando acordei, não tinha sol, o céu era cinza. abri as Janelas deixei o ar frio tocar meu rosto, fechei os olhos esperando que algo acontecesse. abri meus olhos, respirei fundo e ergui minha cabeça, juntei tudo que tinha e não devia, mas olhei para trás. quando vi o que deixava, parecia impossível sobreviver, parecia que meus pés nunca me levariam para longe dali. eu tinha tudo, o sonho, o coração leve, o brilho no olhar, eu podia me ver ser tudo que sempre quis ser. se tudo em exagero faz mal, afirmo que felicidade não, não há medida para felicidade, o máximo é o que verdadeiramente esperamos. era isso, eu era feliz, feliz como um dia quando criança tinha imaginado ser. foi olhando a felicidade que tinha que tive a dimensão do que ia sofrer, mas foi também a vendo que acreditei que um dia poderia reencontrá-la, seja lá que nome ela viesse a ter, onde quer que ela pudesse estar. foi sentindo um aperto no coração, e fé na minha mente que me despedi de tudo que estava deixando, o meu sonho pronto, mas que tinha acabado para viver tudo que não sabia o que era. depois desse dia, levei dias tentando esquecer o que tinha vivido e quando vi que isso era impossível, passei a tentar conviver com as lembranças, e só depois de muito aprender que passei a ver tudo como apenas parte de uma história. uma historia repleta de beijos, abraços, sorrisos e erros. erros que não iria repetir, abraços, sorrisos e beijos que buscaria até o fim dos meus dias, mas em uma nova história, em um novo sonho. passei a buscar minha felicidade, na qual não apenas o sonho precisava mudar, mas para qual eu precisava mudar, precisava recomeçar, precisava me refazer, ou melhor, me recriar. a felicidade só iria voltar de mãos dadas com a alegria no dia em que eu tivesse preparado para isso, não seria preciso me tornar perfeito, não seria preciso esperar muito ou pouco tempo, seria preciso apenas que eu crescesse e isso apenas eu poderia fazer, dependeria apenas de mim mesmo. e foi assim que dia após dia fui aprendendo, aprendendo a viver, aprendendo a me reconhecer, a me entender, compreender o que realmente me fazia alegre ou triste. e no meu caso levou muito tempo, eu demorei a aprender, demorei a aceitar, e aceitar é o único meio que te leva de onde você está para onde você quer chegar. bem depois de muito caminhar, aonde cheguei , cheguei a minha paz, entender que minha paz não é não cometer erros, não é ter beijos, sorrisos e abraços, a minha paz é a tranqüilidade de saber quem sou, saber o que não quero, de poder ser quem escolho ser, de dormir todos os dias e não me culpar pelo que fiz no dia que vivi. se hoje vivo o máximo da felicidade? acho que sim, por que não há pouca ou muita felicidade, ou se está feliz ou não, e a parte mais difícil do meu aprendizado foi justamente essa. aprender a profundidade da verdade de que minha felicidade mora em mim e senti-la depende apenas de mim. ser feliz é simples assim.